Companhia de Teatro Físico sediada em Lisboa, criada pela atriz e criadora Joana Pupo, pela atriz e acrobata Pepa Macua e pela produtora Catarina Sobral. Tem como missão criar propostas artísticas através da arte, da pedagogia e da troca de experiências e linguagens. Colabora com artistas de várias nacionalidades e assume um forte compromisso internacional.

Pepa e Pupo iniciaram, em 2018, uma parceria com O Corpo Invisível, um encontro de práticas que tem como princípio a tríade Investigação-Formação-Criação e se sustenta numa forte exploração do corpo e da atenção. Desde o princípio trabalham na integração dos seus métodos de treino teatral: Pepa aprofunda a ficção integrada na linguagem das acrobacias e os equilíbrios invertidos; Pupo dá continuidade à sua busca ligada ao corpo, através dos Métodos Suzuki e Viewpoints, ao serviço de uma ficção.
Em 2019 criam também o “Laboratório de Teatro Físico para Jovens em Alerta”, em parceria com a Junta de Freguesia de Arroios e a Biblioteca de São Lázaro, com o objectivo de envolver as crianças da sua freguesia, no centro de Lisboa, nesta pesquisa de processos corporais e criativos.

Em 2020/21, o trabalho conjunto concentra-se na esfera da criação, onde conduzem a sua pesquisa sobre a experiência do enraizamento e da migração, para a produção da peça A GRAVIDADE DE UM PÁSSARO, estreada em Setembro de 2021 no Teatro da Cerca de São Bernardo.

Em 2021/22, a companhia desenvolve o projecto de criação:
TODAS AS COISAS EXTRAORDINÁRIAS, com Joana Pupo e Jaime Mears, projecto teatral que visa estabelecer uma ponte entre arte e saúde e mental, com especial foco na adolescência;

Em 2023/24, a companhia desenvolve a terceira criação:
ENSAIO PARA A DESORDEM, com Pepa Macua e Juan Fresina Scotto, obra com foco nas linguagens específicas do teatro físico e do circo contemporâneo, em cruzamento com a ciência. 

Equipa

Joana Pupo
ver bio

 

Pepa Macua
ver bio

 

Catarina Sobral
ver bio

 

Em colaboração com

Ana Limpinho 

Licenciatura em Design de Cena (2008) e Bacharelato em Realização Plástica do Espetáculo (1999),
ambos na Escola Superior de Teatro e Cinema/Instituto Politécnico de Lisboa.
Trabalha como cenógrafa e figurinista desde 1999. Colaborou com as companhias Teatro Regional da
Serra de Montemuro (encenações Graeme Pulleyn, Abel Neves, Paulo Duarte, Peter Cann, Gil Nave,
Steve Johnstone, José Carretas, digressão nacional), Teatro Meridional (encenação Miguel Seabra,
CCB), Comédias do Minho (encenações de João Pedro Vaz e Tânia Almeida, digressão Minho),
Teatro do Noroeste (encenação Catarina Requeijo, Viana do Castelo), Ritual de Domingo (encenações
Sónia Barbosa, Teatro Viriato, Viseu), Causas Comuns (encenações Cristina Carvalhal, Culturgest,
Teatro S.Luiz, TNSJ, Teatro de Vila Real), Procur.arte (encenações Francisco Salgado (Teatro da
Comuna, Faro), Gato Que Ladra (encenação Rute Rocha, CCB), Cães do Mar (projecto Rua Direita,
Angra do Heroísmo), no projecto Boca Aberta do Teatro Nacional D.Maria II (encenações Catarina
Requeijo e Luís Godinho) e com os encenadores André Amálio, Cláudia Lucas Chéu, Gonçalo
Amorim, Joana Furtado, Jorge Listopad, Luca Aprea, Miguel Sopas, Pedro Lacerda, Sónia Aragão e
Tónan Quito. Co-fundadora e membro da associação Propositário Azul de 2004 a 2011, com a qual
desenvolveu vários projectos com encenações de Nuno Nunes, Maria João Miguel e Hugo Sovelas.
Implantação cenográfica e coordenação técnica para os projectos de exposições de fotografia
contemporânea em espaço público; Entre Margens – o Douro em Imagens, região do Douro de 2011 a
2013, Flâneur – Novas Narrativas Urbanas, em onze cidades europeias, de 2015 a 2017, e Flâneur
ao Centro, região Oeste em 2022, direcção artística de Nuno Ricou Salgado/Procur.arte. Coordenação
de montagem da exposição de fotografia Parallel Review, produção Procur.arte, 2019.
Colabora com a Mente de Cão, desde a sua estreia com a cenografia de “A GRAVIDADE DE UM
PÁSSARO”.

Ana Woolf  ←

Pedagoga, atriz, diretora.
Diretora e Fundadora do CATA (Centro de Antropologia Teatral da Argentina, sede itinerante da Fondazione Barba Varley). Única argentina do corpo artístico-pedagógico da ISTA, International Escola de Antropologia Teatral, dirigida por Eugénio Barba. Colaboradora internacional do Odin Teatret, Dinamarca. Colaboradora internacional da OTA (Odin Teatret Archives). É membro da Comissão Científica da Revista de Antropologia Teatral, fundada por Eugénio Barba, 2020.
Discípula do mestre argentino JULIO BACCARO (método Stanislavski), realiza estudos também com Augusto Fernándes (Aproximação a Shakespeare e a obra de ator sobre si mesmo). Teatro-Dança Vladimivsky-Pasik, Escola no Centro Cultural Ricardo Rojas, dirigido por Adriana Barenstein.
Desde 1995 tem-se concentrado na técnica do mestre japonês Tadashi Suzuki (Japão). Discípula de Julia Varley (Odin Teatret, Dinamarca) que a dirigiu em três espetáculos ainda em turné: Semillas de memoria, Detrás del telón, Blanca es la noche. Há mais de 20 anos inicia a especialização em Antropologia Teatral junto com Eugenio Barba, e na ISTA graças ao qual desenvolveu um treino pessoal baseado em técnicas orientais e ocidentais. Colabora com grupos de teatro na Europa, Ásia e América Latina, França, Itália, Dinamarca, Colômbia, Bolívia, Peru, Taiwan, Malásia, Portugal, Brasil, entre outros. Assistente de direção em projetos de Eugénio Barba e Odin Teatret.
Em Santa Fé, Argentina, desde 2012 até o presente, cria o projeto pedagógico LAT – Laboratório de Antropologia Teatral. Autora de artigos de reflexão sobre o Teatro, com publicação nacional e internacional.

TRADUTORA para o espanhol de Julia Varley, Eugénio Barba, Barba-Nicola Savarese, Iben Nagel Rasmussen. Forma-se também em seminários no exterior ministrados por Sotiguie Koyaté e Yoshi Oida (empresa Peter Brook), Arianne Mnouchkine, Tadashi Suzuki, entre outros. E compartilha espaços de formação e pedagogia na ISTA e na Rede Magdalena Project; (Encuentro Festival Transit, Dinamarca) com professores do Oriente e Oeste, BALI I Wayan Bawa, Chandri (voz), BRASIL Augusto Omulú, INDIA Ileana Citaristi, dançarina Odissi, coreógrafa, Kapila Venu (kudyatam), JAPÃO Keiin Yoshimura (Japão), EUA Thomas Leabhart, mímica corporal Decroux, FRANÇA: Claire Heggen (Theater du mouvement), entre outros. Outros estudos: QiGong Luohan (baseado na medicina chinesa).

Eduarda Lima  

O seu trabalho divide-se entre a ilustração e a animação 2D. Em Maio de 2020, publicou o seu primeiro álbum ilustrado para crianças – ‘O Protesto’ – com a editora Orfeu Negro (Coleções Orfeu Mini), que recebeu diversos Prémios e Menções Honrosas: Festival de Livre et de la Presse d’Ecologie FELIPÉ’22, Prix de Ficelle’22, Festival Internacional da Amadora, Bienal de Ilustração de Guimarães ’21, Prémio Nacional de Ilustração’21, atribuído pela DGLAB, International Illustration & Book Design Competition’20. Em Maio de 2022, publicou o seu segundo álbum ilustrado, também com a editora Orfeu Negro – ‘Que Planeta é Este?’. Com vasta experiência em design gráfico, em projetos culturais e de empresa, realça a ilustração em 2 artigos, para edição especial do Jornal Público de 23.10.21, a ilustração e design da revista VOA n.22, editada pela Pato Lógico, as colaborações no design de peças e logotipo animado da companhia Mente de Cão e ainda os convites dos Municípios como Amadora e Guimarães, para ilustrações comemorativas do 49º Aniversário do 25 de Abril de 1974 e para o 20º aniversário da classificação do Centro Histórico como Património da Unesco. Na animação 2D, destaca os 4 vídeo-poemas animados para o Teatro Lu.Ca (série Poemas Para Estes Dias’21), a realização e animação das curtas “Seven Seven” (com Georgina Ferguson) em 2015 e “Eastern Blues”, com a qual esteve nomeada para o prémio António Gaio no CINANIMA’14. Participa em diversas exposições coletivas, das quais destaca: PIM-Folio Festival Literário de Óbidos ’23, Braga em Risco ’22, Bienal de Ilustração de Guimarães’21, Festival Baba Kamo ’22 e ’20, ILUSTRA 33, 7ª Edição com imagens do projeto A minha Cidade DAUEDRA ’20, 12º Encontro de Ilustração de São João da Madeira’10, com ilustrações do projeto TEMPO.
Estudou arquitetura na University College London, Motion-Design no London College of Communication e ilustração no Ar.Co, em Lisboa.

Gerardo Hochman  

Artista e professor de Circo, argentino. Formado na Escola Argentina de Mimo de Ángel Elizondo, na E.M.A.D. e na Escola Nacional de Circo de Cuba.
Aperfeiçoou-se com mestres como Osvaldo Bermúdez (acrobacia), Carlos Libedinsky (música), Teresa Duggan (dança), Oscar Araiz, Susana Tambutti (composição coreográfica). Fundador da Companhia de Novo Circo La Trup e da Escola e Companhia La Arena.
Dirigiu entre 2010 e 2013 o CCPAC, Centro de Capacitação e Criação em Artes Circenses da Província de Buenos Aires e o CACU, Centro de Artes Circenses e Urbanas de Santa Fé. Desde 2009 dirige a área de Circo da Universidade Nacional de San Martin e a sua licenciatura.
É criador dos espetáculos: “Emoções Simples”, “Em Órbita”, “Gala”, “Belas Artes” “Ronda”, “Fulanos”, “Sãos e Salvos” “A Volta ao Mundo em 8 dias” “Travelling”, “Kamuflash”, “Avalanche”, “Leonardo” Trabalho Prático Nro 1, “ADN”, Algo de Nós, “Gente Urgente” e “Mútuo. Dirigiu “Giramundi” (Circo da Cidade – Curitiba), “Sudestada” (Los cuatro Vientos), entre outros.

Jaime Mears 

Nasceu na Austrália e trabalha profissionalmente em Teatro, Cinema e Televisão na Austrália e em Portugal desde 1999. É licenciada pelo National Institute of Dramatic Art. NIDA, em Sydney. Em 2007, Jaime recebeu o Churchill Fellowship por excelência nas Artes Dramáticas, que a levou a Paris, Nova York e ao Reino Unido para continuar seu treino com Philippe Gaulier, Anne Bogart e a SITI Company, Keith Johnstone e Complicité.
É membro do SITI Extended Ensemble e treina regularmente com membros da Suzuki Company of Toga. Ensinou Bouffon no Reino Unido, Rússia, Austrália, Hungria e Dinamarca, bem como em Portugal, onde trabalha regularmente para escolas de teatro como ESMAE, ESTAL, Evoé – Escola de Actores e Inimpetus. Jaime é co-diretora artístico do Teatro Rei Sem Roupa, Portugal, e trabalha como atriz para a Companhia Caótica e Mente do Cão em Lisboa. Trabalha como Palhaça hospitalar da Operação Nariz Vermelho desde 2018.

Juan Fresina Scotto  ← 

Artista cénico e professor argentino especializado em Circo Contemporâneo. Formação superior em Educação Física pelo Instituto Dr. Jorge E. Coll, Mendoza (AR). A carreira nômade o levou a países como Brasil, México, França, Itália, Portugal, entre outros. Em 2014 é artista residente na Escola Nacional de Circo do Rio de Janeiro (BR), em 2016 realiza o terceiro ano de inserção profissional na Scuola di Circo Flic (IT) e em 2017 o terceiro ano de inserção profissional de Le Lido, Centre des Arts du Cirque de Toulouse (FR). Entre as suas criações, está “Fragiles”, peça encenada pelo artista em Mendoza, Argentina (2017), “We are not ready”, espetáculo criado em Salto Circus School em Portugal (2018), criou e interpretou “Qua”, uma peça de circo contemporâneo, e “Poste Vacant”, peça realizada durante sua formação no Le Lido. Apresentou em festivais como Avignon, Circa, Bonnefoy, entre outros. Juan Fresina é professor desde o início da sua carreira. Após um processo criativo na Argentina, retornou a Portugal para dar continuidade ao desenvolvimento de “2° Movimiento”, obra a solo que interpreta e dirige (2020). Em 2021, foi convidado pela associação Vaca Magra, Lisboa, para participar da criação em residência do “Projecto Suigeneris”. Em 2022, começa a integrar a equipa criativa e técnica da companhia Mente de Cão. Desde 2023, é intérprete na Companhia Pia, na peça itinerante “EntreMundos”, de teatro físico e marionetas.

Mafalda Oliveira 

Desenvolve trabalho de desenho de luz, sonoplastia e direcção técnica desde 2000 com diversos festivais/companhias/associações (teatro, música e dança contemporânea) e artistas plásticos (exposição/performance/site- specific), entre os quais Marionetas de Mandrágora, Teatro do Biombo, Marionet, Martim Pedroso, Filipa Francisco, Elsa Aleluia, Tiago Guedes, Al-Teatro, Festival Materiais Diversos, João Fiadeiro, Cláudia Dias, Inês Jacques, Tânia Carvalho, Festival Linha de Fuga, Baal_17, Festival Noites na Nora, Festival Temps ‘Images, Teatro das Beiras, MAFIA, Teatro da Rainha, Carlota Lagido, Francisco Camacho, Catarina Saraiva, Jorge Santos, Teatro do Morcego e Companhia da Chanca. Na área da fotografia publicou Papel Parede – objecto urbano em espaço rural (2009) e EFFE Europe for festivals for Europe (2015) e realizou a exposição individual Terceiro Elemento, no ODD, em Coimbra (2016).

Fotografia de Marcos Aganju
Marcos Aganju 

Artista interdisciplinar, músico, performer e pedagogo. Transita em diversas linhas artísticas com interesse especial no som, produção musical e investigação das artes do corpo.
Com formação em pedagogia e produção musical. Cria som e música para teatro, filmes, videoarte, performances e dança.
Passou por diversos países como criador/performer e músico tais como: República Checa, Inglaterra, Holanda, Alemanha, Espanha, Portugal, Brasil, Uruguai e outros.
Vive e trabalha em Lisboa desde 2017.

Maurício Centurión  ← 

É de Corrientes, nascido e criado numa casa humilde, em Monte Caseros (Argentina). Quando lhe perguntam de que gosta mais, se de tirar fotografias ou de ensinar, não se atreve a responder. A primeira coisa que aprendeu, ensinou. No final do primeiro curso de fotografia que tirou, decidiu partilhar o que aprendeu, misturou-o com a educação popular e, assim, nasceu a oficina de fotografia popular. As histórias que retrata centram-se na população camponesa, em despejos, inundações, mobilizações sociais, violência policial, zapatistas, comunidades indígenas no México ou as mulheres guerreiras do Curdistão. As suas fotografias foram publicadas em meios de comunicação argentinos, latino-americanos e europeus. Recebeu vários prémios e distinções, entre as quais do Finca (Festival Internacional de Cinema e Ambiente). Em duas ocasiões, foi seleccionado para participar na exposição ARGRA. Embora não haja provas disso, há quem diga que nunca foi receber estes méritos e prémios por vergonha e modéstia.

Susana Alves 

Sou mediadora cultural e fundei o Lugar Específico em 2019, um espaço de cruzamento entre Arte e Educação, onde criamos projetos de mediação cultural.

Gosto de pensar que me tornei uma incendiária de ideias, uma plantadora de criatividade, uma coreógrafa de pensamentos, uma artista da comunidade. Gosto de trabalhar com pessoas, gosto de arte contemporânea e gosto de estar presente quando a arte invade a vida das pessoas e as transforma.

Tiago Hespanha 

Licenciou-se em arquitetura em 2004. Fez o Curso de Realização de Documentários dos Ateliers Varan, na Fundação Calouste Gulbenkian, em 2006. Fez o Master en Documental de Creación na Universidade Pompeu Fabra, em Barcelona, Espanha, em 2012.
É realizador e produtor, sócio fundador da produtora de cinema TERRATREME FILMES. É professor de realização no mestrado internacional em documentário DOCNOMADS, desde 2012. É membro efectivo dos ATELIERS VARAN, desde 2014. Tem colaborado com vários artistas em diferentes áreas de onde se destacam as colaborações em criações de teatro e dança.
Realizou os filmes: Campo (2019, Doc. 100’) Prémio First Look no festival de Locarno 2018, Prémio Melhor Realizador para Longa Metragem Portuguesa – IndieLisboa 2019, Prémio María Pitta – Cormorán Film Fest’19, No Trilho dos Naturalistas – São Tomé, co-realizado com Luisa Homem, (2016, Doc. 58’), Revolução Industrial, corealizado com Frederico Lobo (2014, Doc. 72’), Visita Guiada (2009, Doc. 54’) Prémio do Público no Festival Internacional de Cinema Indielisboa, O Presente que Veio de Longe (2008, Doc. 5’ – Integra a Colecção “Tão Perto, Tão Longe” editada pela Fundação Calouste Gulbenkian), Despolido I e Despolido II (2007, Exp. 1’+1’) Prémio do Festival de Microfilmes de Lisboa), Andar Modelo (2007, Doc. 18’), Quinta da Curraleira (2006, Doc. 22’) Prémio Primeiro Olhar, Encontros de Cinema e Video de Viana do Castelo.