Ideia, Proposta e Dramaturgia: Jaime Mears e Joana Pupo
Encenação: Joana Pupo
Co-criação e Interpretação: Jaime Mears e Pacas
Co-criação e Espaço Sonoro: António-Pedro
Co-criação e Espaço Cénico: Caroline Bergeron
Realização de Cenografia: Filipe Dominguéz
Figurinos: Chloé Maxin
Preparação Física e Movimento: Pepa Macua
Desenho de Luz: Mafalda Oliveira
Ilustração: Joana Estrela
Harpa e Electrónica: Eduardo Raon
Produção da Criação: Companhia Caótia / Catarina Carvalho
Produção da Digressão: Mente de Cão / Catarina Sobral

60 min > M/12

Apoios: Polo Cultural das Gaivotas C.M.L., Biblioteca de Marvila, Materiais Diversos e Município do Moita | CEAVM
Agradecimentos: Planeta Tangerina, Elisabete Paiva, Gio Lourenço, Mauro Hermínio e Nádia Yracema.

Peça recomendada pelo PNA – Plano Nacional das Artes

 

ESTREIA Cineteatro Louletano | Fevereiro, 2022
Materiais Diversos Centro Cultural do Cartaxo | Março, 2022

Uma peça feliz e directa sobre a tristeza

 

Próximas apresentações:
Em breve  

Uma peça, para dois actores e um frigorífico, sobre um dos segredos mais bem guardados do século XXI: a depressão. Toda a gente já esteve (ou conhece alguém que já esteve) dentro desse frigorífico.

Um homem e uma mulher apaixonados recebem-nos na sua casa, onde vários opostos convivem: o afro e o nórdico, a alegria e a tristeza, o corpo e a máquina.

Com inspiração no livro “A Rainha do Norte” de Joana Estrela e na peça “Every Brilliant Thing” de Duncan Macmillan, procuramos falar sobre tristeza, isolamento e desadaptação, numa peça que reconhece que ser sempre feliz e feliz para sempre é muito difícil. 

Priorizando o humor e a curiosidade, apontamos uma via em que a tristeza pode ser partilhada, investigada, e em que, nesse processo, podemos ficar mais fortes e a conhecer-nos melhor. Afinal, quando te sentiste estrangeiro ou “fora”, recentemente? 

Procuramos, através da surpresa e do ato teatral, ou seja, da escrita do corpo e da voz no espaço, falar da vida como um processo de transformação e de afinação permanente. E de cura, também.

Uma peça feliz e direta sobre a tristeza é um excelente espetáculo de teatro para público jovem. Prende-nos desde o primeiro momento com as interpretações cómicas e enérgicas de Jaime e Pacas e não nos larga o peito numa montanha-russa de emoções. É importante precisamente por isso: por abrir espaço para sentir e para falar do que se sente de forma desassombrada e leve, sem deixar de dizer o que tem de ser dito.
Assisti a duas sessões, uma com pré-adolescentes e uma com adolescentes, ambas com reações ótimas e muito diferentes uma da outra, ambas muito ricas nas conversas que se proporcionaram a seguir. Face à aridez e à falta de empatia que rodeia as pessoas mais jovens, que não lhes permite senão tentar mimetizar imagens longínquas de sucessos irreais, são espetáculos como este que podem fazer a diferença.

Elisabete Paiva | Programadora Cultural, Materiais Diversos

© António-Pedro